terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Dollie Minogue é um amor.

Dollie nasceu num bairro escuro de Estocolmo de mãe Polaca e pai Finlandês. Uma boneca diplomática por natureza. Cresceu em Upsala e ainda guarda o trenó da infância que o tio Olafur fez à mão numa manhã gelada de Janeiro. Adora Tango e Salsa e pensa um dia emigrar para Buenos Aires. Ouve bandas Rock dos anos 70 mas não recusa um velho êxito dos ABBA no Karaoke. Trabalha como Designer Gráfica em part-time e nunca viu o Senhor dos Anéis de Peter Jackson. Acha-se parecida com a Katherine Heigl quando veste os Skinny Jeans da irmã mais nova. Recusa falar sobre política. Adorava conhecer o homem dos seus sonhos num campo de Rugby e jura que não percebe as regras do Baseball. Adora compota caseira de mirtilo, mas não lambe os dedos em público.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Carole Benôt, boneca Francesa nasce em Beleza.

Assim reza a lenda de Carole, uma boneca com redingote que espreita curiosa na esquina da Rue du Roi Soleil. Carole tem gostos requintados como uma Mademoiselle de renome e pedigree, gosta de Jean Gabin e não passa sem uma gota de Fracas de Piguet no lado esquerdo do pescoço de girafa. Trabalha num laboratório de cozinha experimental mas adora batatas fritas congeladas do Franprix. Usa um xaile bordado pela avó nos meses frios de Inverno e espera encontrar o príncipe encantado no Quai Conti. Vê as montras na Place Vendôme com fascínio blasé e sonha que um dia um anel Boucheron aparecerá por encanto na sua sabrina Repetto. Adora os romances de Dumas mas não acredita que o homem pisou a lua.

Ioana Palm-Jensen é interessantíssima, pois claro.

Ioana foi a menina perfeita do pápá até ter um encontro de terceiro grau com uma tinta para cabelo de cor ocre. A partir desse momento passou a gostar da voz da Kiri Te Kanawa e do guarda-roupa da Cindy Lauper. Detesta batatas fritas com maionese e não suporta discos em vinil. Adora tudo o que tenha que ver com tenistas Suíços e modelos Rolex de 1954 em ouro com um toque singelo de platina. Uma boneca interessada, mas não interesseira, portanto.

Francesca Leppetri, da Itália, com Amor.

Uma boneca que nasce em berço de ouro é uma boneca prendada. Uma boneca que nasce em berço da Chicco com um longo laçarote vermelho é uma boneca singela. Francesca Leppetri cedo partiu da sua Toscana natal para uma Paris ávida do seu olhar curioso. Trabalha com a Camille Micelli em part-time e adora as jóias da Victoire de Castellane. Tem um fraco por histórias de vampiros e deixa o namorado morder-lhe o pescoço de mansinho no Café do Palais Royal. Só quando ele lhe diz que é irmão-gémeo do Gaspard Ulliel, no entanto.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Irina Seminova, uma boneca comme ci comme ça.

Uma boneca siberiana tem frio na ponta do nariz quando o vento muda de direcção. Apenas isso. Irina cedo deixou as planícies áridas do interior russo para se dedicar ao fabrico de camisolas de lã para marinheiros em St. Petersburgo. Adora rebuçados Altois extra-fortes e sapatos altos do Patrick Cox. Utiliza o mesmo perfume há anos (Opium do YSL) e tem uma paixoneta de juventude pelo David Gandy que gostaria de concretizar em Capri ou Ischia no próximo Verão. Também venera a música da Tracey Emin a solo nas não tolera os deleites criativos do Morrissey. Não se importava de trabalhar no Atelier da Vivienne Westwood apesar de detestar o bairro de Mayfair em Londres. Uma boneca contraditória, seguramente. E muito Saville Row.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Heidi Blum. Uma boneca com nome de boneca é um bom presságio.

Boneca que é boneca tem uma remessa de chocolate de leite com avelãs assegurada para a vida. Heidi nasceu no meio de uma clareira da Floresta Negra mas cresceu livre e alegre em Fusten no palácio arruinado da família do avô paterno. Tem ainda os mesmos cães que herdou da irmã mais velha e ainda gosta da roupa do Joop em versão vintage. Dedica-se à lingerie de luxo (com dentelle) e pensa pouco no sucesso comercial da Elle McPherson. Adora pepino e cogumelos mas não morre de amores por choucrute ou salsichas. De Frankfurt nem bom vento nem bom casamento. Talvez seja por isso que procura noivo em Hamburgo. Uma boneca periclitante, por isso.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Isabella Papadoupolos, uma deusa, perdão, uma boneca grega.

Uma boneca que nasce em Tessalónica e viaja para Corfú no mesmo dia foi abençoada por Zeus. Talvez mesmo Mercúrio e Afrodite. Isabella tem pai Grego e mãe Italiana que adoram cozinhar polpette al ragú. Comporta-se como uma senhorita desde criança e tem a certeza que quando chegar aos trinta vai ter uma conta recheada em Miami (talvez Palm Beach). Adora o ar de desleixo másculo dos Húngaros e a literatura de Sandór Marai nas tardes doces de Inverno. Acha que a Melina Mercouri teve o seu tempo de glória no momento certo mas não morre de amores pelas canções açucaradas da Nana Mouskouri. Perde-se de paixão pelo Kouros da YSL que rouba estrategicamente ao namorado em cada presente tardio de Natal. Uma boneca de ficção-científica, portanto.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Jenny Caterpillar. O nome diz tudo.

Uma boneca que adora a Cathy Freeman e vive perto de Bondi Beach deve ser uma boneca sortuda e saltitante, seguramente risonha e sardenta. Jenny nasceu em Waaga Waaga mas os pais mudaram-se para NSW quando o campo deixou de trazer alegrias e benesses. Adora gelados de limão e morango mas detesta tudo o que tenha a ver com ambiente de Beach Relax. Acha que o Kelly Slater teria melhor futuro como limpa-chaminés e não percebe porque é que o Laird Hamilton não é modelo da Calvin Klein para toda a vida. Jenny gosta de viajar para beber o café perfeito em Melbourne mas tem medo que o rio Yarra passe dos limites na época de cheias. Uma boneca cautelosa, talvez.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Marithé Croissant... hummm...

Uma boneca très petite et charmante não precisa de apresentações. Marithé nasceu em Lille numa casa cinzenta com janelas pequenas. Apaixonou-se muito cedo pelo perfume da mãe (Nina Ricci) e pela voz de Etienne Daho. Tornou-se jornalista de reportagem e já esteve três vezes na Mongólia. Adora jardinagem e morangos no Verão. Veste frequentemente camisolas de angorá e cachecóis do Jack Spade de corte masculino. Canta no duche e tem três gatos persa que venera. Já teve dois peixinhos vermelhos mas saltaram do aquário quando a viram com o último modelo da H&M by Lanvin. Uma boneca estimulante, seguramente.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Paloma Triana Escasi es una señora muñeca!

Uma boneca com apelido duplo pode ser um erro crasso de Cartório ou uma dádiva divina da aristocracia. Paloma nasceu na Alameda de Hercules em Sevilha e passou a infância toda nos palácios da família de Toledo e Segóvia. Estudou canto clássico mas dedica-se agora ao DJ pontual num clube alternativo da Chueca em Madrid. Adora a roupa do David Delfin e algumas saias em viés do Torreta. Jura que consegue comer uma lata inteira de leite condensado quando vê os filmes do Jeremy Piven e adora a forma como o Josh Brolin mexe na barba quando em dúvida numa entrevista para os Emmys. Uma boneca controladora, por isso.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Tatty Chow Chow, uma estrela Pop-Wok.

Uma boneca que nasce em Singapura e estuda num colégio privado em Berna só pode ser uma estrela pop ou uma diva da cozinha no wok.
Taty lembra-se pouco de molhar os pés em Sentosa e do perfume do Frangipani nas manhãs de Verão mas continua a adorar bolos de gengibre e limonada com rodelas de maracujá. Arquitecta de interiores de sucesso, visita cinco feiras internacionais por ano e decorou a casa do Bono em Dublin. Vibra com a música do Nick Cave e gosta ocasionalmente da Vogue Living na versão Australiana. Acha que a Natalia Vodianova é uma óptima pin up do novo Chic Eslavo e pensa comprar acções da Cadbury no takeover da Kraft. Uma boneca metódica, por isso.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Annie Kool. A boneca que antes de ser, já era.

Annie nasceu e cresceu em Brisbane mas não teve um koala como ursinho de estimação. Em vez disso, os pais decidiram levá-la desde os três anos para aulas intensivas de pólo aquático na piscina local e torná-la numa campeã de excepção de costa a costa (incluindo a Tasmânia). Annie adora o perfume dos bronzeadores da Revlon e acha que a Elle McPherson seria uma óptima embaixatriz para amaciadores de cabelo. Adora os livros da Isabel Allende em versão original e leu algo de Laura Esquível nos voos para Sydney há um ano atrás. Detesta Bondi Beach e jura que um dia terá uma casa com jardim em Manly e um T1 pequeno e luminoso em Surry Hills com vista para o restaurante do Bill Granger. Uma boneca gulosa, seguramente.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Fiona Graber-Graber, uma boneca idiossincrática.

Fiona é uma boneca inusitada. Nasceu nas florestas do Bornéu onde o pai trabalhava para a National Geographic e cedo se apaixonou pelos amanheceres preguiçosos sob as lianas.
Estudou Filologia Germânica em Estugarda durante a adolescência e trabalha agora como jornalista júnior no escritório da Getty Images em Londres. Adora o café da Starbucks e jura que o Bill Gates poderia ser um modelo para os adolescentes se cortasse as patilhas dois palmos. Não percebe a literatura de Paulo Coelho mas não tem palavras para descrever o génio e o sorriso do Jimmy Falon à noite sobre um sofá de veludo vermelho. Gosta de correr de vez em quando, geralmente para as filas do Marks&Spencer às Sextas-Feiras. Uma boneca extraordinariamente idiossincrática, seguramente.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Mimi Herchkowitz é um miminho.

Uma boneca saltitante tem dotes para o Vaudeville. Mimi nasceu em Beirute por acaso mas estudou em Paris com uma perceptora severa. Perde-se por chocolate branco com framboesas e adora travessuras. Gosta dos fins-de-tarde num supermercado de agricultura biológica na Rue Bonaparte para ver se arranja um bom pretendente. Mimi tem gostos caros e precisa de uma conta bancária recheada no BNP Paribas. Espera encontrar o seu Aznavour sem perder muito tempo. Gosta de cinema turco e jura que se perderia em Istambul. Uma boneca distraída, por isso.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Teresinha Spencer-Elliot, a doce donzela.

Uma boneca que nasce em Oxford em dia de chuva torrencial não tem medo do escuro. Teresinha cresceu por entre os prédios de tom castanho-escuro de uma cidade universitária e por entre os mistérios de milhares de livros empilhados na biblioteca dos pais. Não é alérgica ao pó e gosta de Ovomaltine a escaldar pela manhã.
Adora a música dos Joy Division e quer ser astronauta quando chegar aos dois metros de altura e for campeã de ténis em Wimbledon. Não se perde de amores pelos romances da Enid Blyton e acha que o cão do grupo não tem grande protagonismo. Teresinha veste uma mistura de H&M e as saias em viés do Thierry Mugler que a mãe guarda no armário. Adora as jóias barrocas da Gaia Repossi e acha que o Robert Pattinson pode ser o marido ideal para uma donzela em perigo.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Carolina Crinolina é uma linda menina.

Boneca com nome de tecido é menina reguila seguramente. Carolina nasceu no sopé do monte Ávila numa Caracas abafada pelo calor tropical e cedo sonhou em ser estrela de telenovelas.
Depois de muito estudar e de recusar propostas de casamento de executivos da indústria de petróleo em Maracaíbo, Carol virou aspirante a corista e entrou no mundo do espectáculo pela porta do camarim certo. Após várias séries dramáticas e papéis de enfermeira dolida que chora por um médico que nunca repara nela, vive agora em Miami e faz de estilista casual nas praias de South Beach. Teve um caso recente com um Mr. Universo Cubano que foi acusado de ter tomado esteróides anabolizantes nos últimos cinco anos. Carol não comenta. Pensa vender a história à Vanity Fair em versão latina e mudar-se para Cartagena de las Índias no próximo Love Boat.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Tammy Grammy, a real country doll.

Uma boneca cantora sabe bem por quem os sinos dobram. Depois de dois anos sem contrato na discográfica de Detroit do ex-marido que a deixou na penúria, Tammy mudou de estilo, cortou o cabelo e passou a calçar botas de cowboy feitas em New Orleans. Conhece o Keith Urban e a Nicole Kidman do baile de finalista da Hannah Montana e adora o bigode do Errol Flynn com quem sonha todas as noites. Tammy pensa também em inaugurar no próximo ano um restaurante de Country Cooking paredes meias com uma loja de conveniência aberta 24 horas. Gosta de comida mexicana mas não morre de amores por Acapulco. Uma boneca que vive num universo paralelo, portanto.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Melissa Sunshine, a sonhadora.

Uma boneca com forma e nome do El Dorado parece promissora. Uma boneca com um baú de tesouro como dote é seguramente uma boa aposta. Melissa foi educada em Basileia por pais expatriados e diplomatas que a adoram sem reservas. Estudou violino clássico em Weil Am Rhein e teve aulas com o Jordi Savall todos os Verões em Barcelona na Capilla Real. Adora Wim Mertens e sonha com um apartamento branco com cadeiras Vitra nas docas de Antuérpia. Também sonha com um príncipe das arábias que tenha os olhos do Paul Neman e o corpo do Richard Gere quando este era um oficial e cavalheiro. Uma boneca em formato Cinema-Scope, por isso.

domingo, 17 de outubro de 2010

Clöe d'Argent, a swiss made doll.

Uma boneca Suíça de charme inegável nunca anda com muito dinheiro na carteira. Faz compras pela NET (adora Cath Kidston e os básicos da Uniqlo pela Jil Sander) e gosta de ler a Monocle nos tempos livres. Também gosta de ginástica rítmica e de algumas músicas da KD Lang. Clöe não fala muito bem chinês o que poderá condicionar o seu futuro na Expo de Xangai. Adora Dim Sum, no entanto. E tem uma paixão secreta pelo Roger Federer. Uma boneca com complexo de Guilherme Tell, por isso.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Anette Van Nette, a holandesa voadora.

Anette nasceu em Delft numa casa sem elevador e sem chaminé. Os Natais nunca tiveram muitos presentes mas o carinho de uma família de bonecos numerosa compensou a falta de algumas bonecas de trapos Miss Happy Holland. Esta boneca de renome internacional cedo escapou dos infinitos prados verdes para os arranha-céus de Chicago onde dá palestras sobre arquitectura sustentável. Também fala ocasionalmente de energia renovável e da crescente indústria eólica. E de bolachas de manteiga feitas sem fermento em Gouda. O seu último namorado teve de voar há pouco tempo para São Francisco e não deixou nenhum contacto na cidade. Uma boneca com um futuro promissor, portanto.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Elka Kristianssen, uma escandinava sweet&strong

Uma boneca que nasce num beco estreito pode chegar a estrela de cinema? Provavelmente. Elka Kristianssen nunca se importou com as moradas nas cartas que recebia de um tio da Austrália e cedo criou um mundo onde cada rua tinha um universo paralelo. Deve ser por isso que cedo optou por uma carreira artística sob os holofotes de New Delhi e Las Vegas. Um percurso qual Greta Garbo em miniatura que já a fez envergar um sari e uma máscara de carnaval no mesmo evento. Elka Kristianssen é uma boneca preguiçosa, no entanto. Gosta de dormir a sesta e adora toureiros espanhóis com fatos ajustados. Tem uma paixão louca por Cayetano Rivera Ordoñez e comprou litros do novo perfume da Loewe só para poder cheirar o seu Matador preferido na almofada. Uma boneca de alcova, por isso. Una muñeca maruja, seguro.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Arquitecta Anacleta

Anacleta não teve sorte com o nome nem com o dia em que nasceu. Trovejava e chovia Cats and Dogs, como dizem os Ingleses. Mas uma boneca de tempestade é uma boneca resistente. Anacleta cresceu por entre as ferramentas de jardim do avô e os canivetes Suíços do pai e decidiu-se no último segundo por um curso de Arquitectura na Universidade de Reading por correspondência. E foi aí que conheceu o amor da sua vida, um atleta americano de luta greco-romana também de correspondência. Desde Londres. Anacleta ainda luta para elevar a sua arte ao Pritzker Prize mas o John Pawson já assinou por baixo. Em graffiti. Talvez seja por isso que o Banksy não a deixe em paz. Uma boneca em perigo, por isso. 

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Lady Morgana, the casual chic doll.

Uma boneca Dark é uma boneca que adora rímel forte e sai de rolos no cabelo para a rua depois do duche. Lady Morgana nasceu na periferia mas cedo se tornou numa vistosa produtora de moda que adora Helmut Lang dos anos 80 e as fotografias da Cindy Sherman em Drag. Tem um namorado de 2 metros que tatua cantores Rock em Buenos Aires e um gato branco como um floco de neve. Adora gelado de chocolate com pepitas de menta e literatura policial Belga com enredos pesados. Uma boneca revivalista, portanto.

domingo, 5 de setembro de 2010

Dinah McDoll, from Scotland, with love.

Fabulosa desde o dia em que veio ao mundo perto do Loch Lomond, Dinah McDoll cedo se decidiu pela biologia marinha. Acompanha David de Rotschild nas expedições ao Ártico com as suas camisolas de lã Chanel Haute-Couture e jura pelo Shalimar na Guerlain. Também gosta de Sushi e Sashimi nos bares alternativos de Shinjuku sob um nome falso de Dinah McNamara, nome de espia indolente e melancólica inspirado nos romances de Corto Maltese que lia no colégio interno até ser salva por um príncipe encantado do Dubai. O príncipe desapareceu passados três meses mas Dinah continua à procura. Please call her publicist for a meeting.

domingo, 22 de agosto de 2010

Vanesse Éclair é um doce.

Boneca com nome de fecho de correr só pode ser um sinal dos deuses. Ou uma metáfora genial do cozinheiro do Jacques Tati em retiro espiritual no Tibete. Mas Vanesse tem outros planos de carreira e já fez as malas para Antuérpia onde quer estagiar com o Dries Van Noten. Como assistente pessoal, obviamente. E coordenadora do departamento de imprensa. Vanesse sempre leu de fio a pavio as Burda da mãe (em Francês correcto do Québec) e acha que o Tyler Brulê não podia ser mais mignon. Pena que esta boneca goste de rapazes escandinavos de alto porte que se chamem Nils. E que se percam por coletes do Tirol em estilo Trashy-Vintage. Como o último namorado que conheceu, vestido de alce, num parque aquático de Ottawa nas mini-férias de Verão. Uma boneca ambivalente, por isso.

domingo, 15 de agosto de 2010

Rossana del'Arti. O nome diz tudo.

Uma boneca pintora é uma Doll from the Brushes. Rossana é filha de pai cubano e mãe sueca e cresceu no bairro de Parioli em Roma onde era uma maria-rapaz que detestava miíudos com borbulhas. Já vai no oitavo marido e teve um caso recente com um dançarino de tango Argentino de visita ao seu Loft perto da Piazza Navona. Aposta tudo na caxemira da Laura Biagiotti e usa perfume forte de homem tal como uma tatuagem de escorpião. Uma boneca bem esculpida, portanto.

sábado, 7 de agosto de 2010

Sally Greenberg, a Texana.

Uma boneca de olhos verdes ou é fada ou é fadista. Mas Sally é uma estrela com brilho próprio desde que abandonou Edimburgo aos 13 anos para as planícies douradas do Texas num avião da PAN AM. Executiva de sucesso numa petrolífera de renome e casada com um Billy Something imponente (former quarterback) que conheceu num Rodeo casual, Sally gosta de fruta ao pequeno-almoço e de um batido proteico para o resto do dia. Aposta por clássicos Jil Sander do Neiman Marcus e jura que já foi a Tilda Swinton noutra vida. Usa e abusa de Rouge Coco e obriga o seu querido Billy a comprar litros de Allure no Duty Free de Dallas. Não gosta de Soap Operas e nunca percebeu o cabelo da Farraw Fawcett ou o apelativo visual do Jay Leno. Uma boneca confusa, portanto.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Marie du Ciel é um anjo.

Uma boneca angélica tem muito que se lhe diga. Marie du Ciel não nasceu em Paris nem foi trazida por uma cegonha mas trabalha no Zoo de Bordéus e tricota nas horas vagas camisolas com decote em V. Vive com uma avó que adora e que abandona apenas para ir dançar ao Chateau des Petits Diables nos arredores da zona industrial. Adora bolachas de chocolate mas ainda mais as migalhas que ficam no pacote.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Charlotte Sometimes

Uma boneca que nasceu nos 60s, fez-se mulher nos 70s e senhora nos 80s. De lá para cá só sopra uma vela num cupcake de framboesa. Já fez 43 Liftings no Harrods em Londres com um médico libanês que conheceu no Liceu Francês em Beirute em 79 e jura pelo Botox depois de cada corrida na passadeira do ginásio em Chelsea. Trabalha há trinta anos na mesma revista mas já nem sabe de que é que fala a publicação. Tem um poodle que adora carteiros. Uma boneca intemporal com gostos semelhantes, por isso.





sexta-feira, 30 de julho de 2010

Maria da Liberdade

Maria da Liberdade não foi uma menina e moça como as outras. Veste vermelho vivo desde pequena e já foi ruiva como poucas. Tem uma única mala de eleição que comprou no Rastro em Madrid e uma carteira em forma de pato que um namorado canadiano lhe deixou por casa. Gosta de Kate Bush e não suporta sombra azul-celeste para os olhos. Desde que se tornou consultora numa galeria de arte na Expo de Xangai esqueceu-se de imediato dos três meses que passou no Circe du Soleil como trapezista. E dos dois anos como maquilhadora no Corner da MAC no Printemps de Paris. Uma boneca com memória e pavio curtos, portanto...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Emiliana Giacobella, a diletante.

Emiliana Giacobella é uma boneca de renome. Saltita por entre festas como quem apanha um táxi no aeroporto sem destino aparente e dança como poucas nos Alunos de Apolo às Quartas-Feiras. Como ainda não chegou ao Stiletto à Dita von Teese fica-se por uma boa sabrina colorida com apliqués em rosa-malva. Não responde a provocações e detesta fala-baratos. Uma diletante ingrata, em poucas palavras, mas nunca sem um sorriso irresistível.

À espera de Godot.

Marie Perry nasceu no frio da Normandia mas cedo emigrou para a Guadaloupe. As Caraíbas deram-lhe o tom acertado até à juventude, mas agora quer conhecer de perto o frisson de Biarritz. Adora praia e comida com picante qb. Usa um foulard em permanência, como uma tatuagem de excepção. Uma boneca polivalente, obviamente