sexta-feira, 30 de julho de 2010

Maria da Liberdade

Maria da Liberdade não foi uma menina e moça como as outras. Veste vermelho vivo desde pequena e já foi ruiva como poucas. Tem uma única mala de eleição que comprou no Rastro em Madrid e uma carteira em forma de pato que um namorado canadiano lhe deixou por casa. Gosta de Kate Bush e não suporta sombra azul-celeste para os olhos. Desde que se tornou consultora numa galeria de arte na Expo de Xangai esqueceu-se de imediato dos três meses que passou no Circe du Soleil como trapezista. E dos dois anos como maquilhadora no Corner da MAC no Printemps de Paris. Uma boneca com memória e pavio curtos, portanto...

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